Um ser diferente

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Ao ser questionado sobre algumas de minhas atitudes referentes aos meus pronunciamentos, escolhas e ações, parei para pensar sobre o que de fato eu sou, as escolhas que optei, e o que sigo realmente, e se o meu Deus é diferente, dos demais que tem a sua forma de cultua-lo de maneira totalmente relacionada “Eu-e-Deus” e se esquece do Eu- Irmãos - Deus.
“Marxista”, foi o que me chamaram, acreditam que tais atitudes minhas são marxistas, comunistas, eu não acredito nisso, pois pensar no próximo, nos abandonados, nas causas, nas lutas, nos movimentos sociais, e até mesmo naqueles que brigaram e lutaram, por essa democracia besta, que escraviza o cidadão, rouba o dinheiro dos jovens, que não dão oportunidade para que os mesmos tenham condições para crescerem na vida e serem pessoas dignas, seja marxista, pode até os seguires fazerem algo parecido, mais voltado para o Cristo Redentor e libertador? dúvido.
Até hoje, não vi estes muitos que enchem a boca e nos chamam de herege, fazer algo para mudar esta situação, que nos assola. No passado brigamos pela democracia, “abaixo a ditadura!!!” e quando “conseguimos” colocamos uma venda nos nossos próprios olhos, nos acomodamos, lembro-me da citação que o livro Mundo de Sofia faz, "o mundo é um coelho e nós somos as pulgas, e vivemos dentro de uma grande cartola que é o universo, quando nascemos ficamos nas pontas dos pêlos, pois somos crianças e questionamos tudo, sempre temos os “porquês” aos poucos vamos nos acomodando e descendo à pele, e lá ficamos muito bem obrigado, para nós tudo vai ficando corriqueiro", e o mundo capitalista nos consumindo, trabalhar, trabalhar e trabalhar...
Agora para que só trabalhar, para consumir e fazer a maquina do capital, da globalização girar, e enquanto isso crescer essa desigualdade social, aumentando assim a corrupção, os mensalões. E nada fazemos para mudar essa realidade, não brigamos mais, por nossos direitos, nos acomodamos e deixamos tudo a Deus dará, e os poucos que ainda existem e que lutam pela reforma agrária, por melhores condições de trabalho e assim por diante, são descriminados, taxados e excluídos “das sociedades”, vivemos ainda o tempo da “democraturas, quer dizer, democracias liberais com ares de ditaduras da classe dominante”, como nos relata Leonardo Boff, em seu livro “Nova evangelização, perspectiva dos oprimidos” da editora vozes.
Se por todas essas brigas, se por lutar para melhores condições de vida para os filhos de Deus, ser adepto a Teologia da Libertação, ser Ceb’s, comungar, com o negro, índio, os que cultua Deus no umbanda e no candomblé, é ser marxista, comunista que seja, que eu e os muitos, recebam este titulo, pois não quero morrer com um peso na consciência de ser mais um que passou pelo mundo e só se preocupou consigo mesmo, não quero isso, será que isso é pecado mortal, e que irei ser condenado por isso, tendo assim a morte eterna e não gozar do reino de Deus? Acredito que muito que dizem senhor, senhor não entrará no reino de Deus, do que adianta a oração sem a ação?
Agora pergunto, acabou? As lutas? O crime organizado? E a reforma agrária? E a desigualdade social? Essas perguntas são dirigidas para cada um, não apenas para os que estão no poder. Para que o abismo existente na pirâmide, possa ser extinto, é necessário que todos der as mãos e acabem com as brigas bobas e tolas existentes, esqueçamos de criticar, o protestante, o espírita, os budistas, hinduístas, os praticantes do candomblé, umbanda, e suas formas de cultuar Deus.
Façamos o que for necessário, se possível protestar, para que todos sejam iguais, e acabem com esses sofrimentos, pois não podemos nos esquecer que amanhã, os futuros habitantes deste planeta serão os nossos descendentes, por isso temos de brigar para uma sociedade melhor, onde eles possam usufruir de melhores condições, onde o negro e branco possam brincar de verdade sem o preconceito mascarado pela falsidade e o egocentrismos .

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